segunda-feira, 19 de junho de 2017

Não vejo ninguém inocente













Não vejo ninguém inocente
O policial atirou
O menino roubou
Uma sociedade aplaudiu o bizarro
Outra sociedade exigiu um tratamento de criança tardio.
Não vejo nenhum culpado
O policial também tem medo
O menino precisava de um pai
Uma sociedade anda com medo
A outra também pede paz
Vejo uma sociedade doente,
Vejo filhos crescerem sem pais, sem amor, sem educação doméstica.
Vejo uma sociedade exigindo muito do governo, e lhe roubando a luz do dia,
Esperando que a escola e o governo eduque seus filhos.
Todos reclamam tanto do governo, gritam, esperneiam e simplesmente esquecem...
Que os meninos envolvidos em violência são os filhos que educamos,
Os policiais que matam sem pestanejar são os filhos que educamos,
Os usuários, alimentadores do tráfico, são os filhos que educamos.
Ou não.
Exigem um tratamento de criança para uma criança que nunca foi criança,
Exigem uma educação, uma gentileza que nunca deram.
Eduque sua criança, como criança.
Ensine-o os melhores valores,
Ame, proteja do mal, ensine-o a fazer o bem.
Talvez você tenha que dá o que nunca recebeu,
Faça assim mesmo,
Alguém precisar quebrar este ciclo maldito.
Raquel Nogueira

Nenhum comentário:

Postar um comentário